segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

O OLEIRO DA POESIA




O poeta é como um hábil oleiro
Usa as mãos para seus versos compor
É de sua verve seu próprio obreiro
Cada poema modela com primor.

Oferece ao leitor com primazia
Como se fosse uma bela canção
Precisa ser regado a cada dia
Não o deixe murchar no coração.

A poesia é para o poeta fogo ardente
Que aquece com amor a alma extasiada
Ao ouvir cada manhã o som dolente
Trazido pelo gorjear da passarada.

O poeta é dos sonhos o construtor
Seus versos retratam a realidade
Que existe no mundo do observador
É só olhar com sua sensibilidade.

A natureza é arte do Criador
Não é pelo avanço da tecnologia
Que vai transformar a essência da flor
O oleiro da poesia cria todo dia.

Neneca Barbosa
João Pessoa, 19/01/2015