sábado, 30 de janeiro de 2010

FIEL JARDINEIRO



No jardim dos meus sonhos planto flores
Sou para cada uma, fiel jardineiro
Encantada com as suas várias cores
Tenho por elas amor verdadeiro.

Todas trazem uma rara beleza
Se cobrem de orvalho no alvorecer
As minhas mãos afagam com nobreza
Cada flor que feliz vejo nascer.

Meu jardim é palco pra as borboletas
Que bailam alegres com harmonia
Fazendo no ar mágicas piruetas.

Acredito que sonhos se realizam
Com perseverança, fé e alegria
Na certeza que eles se concretizam.

Neneca Barbosa
João Pessoa, 30/01/2010

domingo, 24 de janeiro de 2010

LUZ INTERIOR


Decidi abrir a porta do meu Ser
Penetrando nos íntimos recantos
Na certeza que tenho meus encantos
Em cada emoção que posso viver.

Desbravar todos os meus sentimentos
Com a coragem de forte guerreira
Transformando-os numa fértil videira
Enchendo minha alma de ensinamentos.

Seguir a minha jornada confiante
Procurando podar a cada espinho
Das roseiras que plantei no caminho
E continuar minha busca incessante.

Sentir que tenho uma luz interior
Que regenera todas as mazelas
Causadas pelas diversas procelas
Do mar revolto que traz tanta dor.

Edificar no coração o amor
Pra que possa irradiar boa energia
Deixando transbordar toda alegria
Nas asas dos versos que irei compor.

Neneca Barbosa
João Pessoa, 24/01/2010

sábado, 23 de janeiro de 2010

O BEM-TE-VI E A PIMENTEIRA



Acordo todas as manhãs
Com o canto do bem-te-vi
Quando abri minha janela
A ave na pimenteira vi
Picando sua fruta amarela.

Encanta-me aquele serzinho
De um trinar tão envolvente
Dos meus lábios voa um sorriso
Ofertando-lhe docemente
Sua rara beleza analiso.

Tem variedades de pimentas
No quintal ele faz sua festa
Traz alegria pra o meu recanto
Mas não se iguala a sua floresta
Feliz, ele exibe seu canto.

Neneca Barbosa
João Pessoa, 23/01/2010

domingo, 17 de janeiro de 2010

CAIR DA TARDE



É no cair da tarde que o sol declina
Deslumbrando a paisagem da campina
Belos matizes colorindo o céu
Onde a noite cobre-se com seu véu.

A Natureza embala com carinho
Cada pássaro que chega ao seu ninho
Na certeza de encontrar um abrigo
Livrando-se do nefasto perigo.

É nesta hora que os sinos repicam
Em suas doces badaladas suplicam
Que brote a paz em cada coração
Despertando o amor, a fé, a união.

As primeiras estrelas aparecem
Inspirando os poetas que se aquecem
Com a brisa soprada pelo vento
Servindo pra suas almas de alimento.

Quando entardece bate uma saudade
Dos que trouxeram a felicidade
Deixando as pérolas gravadas
Em belas telas por eles pintadas.

Neneca Barbosa
João Pessoa, 17/01/2010