domingo, 20 de novembro de 2016

CANTINHO DE PAZ





Fiz à margem do caminho
Uma singela casinha
Para cuidar com carinho
Daquele doce cantinho
Nele me sinto rainha.

Um ninho feito de amor
Que pulsa no coração
Encanto, paz e calor
Sinto o perfume da flor
Naquele belo rincão.

Aves cantam sinfonia
Com a chegada do sol
Eu fico a fazer poesia
Na rede sinto a alegria
Ao ver no céu o arrebol.

Borboletas no jardim
Sugam o néctar das flores
Elas beijam o jasmim
Alegres fazem festim
Mas, todas são seus amores.

A brisa chega com o vento
Trazendo você pra mim
É um especial momento
Feliz, tenho seu acalento
Posso abraçá-lo enfim.

Neneca Barbosa
João Pessoa, 21/11/2016

RECONSTRUINDO




Caminho pelos prados verdejantes
Sentido o calor do sol sobre mim
Com os meus pensamentos vigilantes
Sinalizo com setas a estrada enfim.


Rompo os grilhões do meu coração
Aquieto minha mente para ter paz
No meu silêncio, amo com profusão
Confiante que sempre serei capaz.


Escolho as árvores mais viçosas
Para abrigar-me da tempestade
Fugir das noites tenebrosas,
Voltar ao passado com liberdade.


Cá no meu rosto um sorriso de orgulho
Sinto a honradez das pessoas amadas
Ir para a memória e dar um mergulho
Ouço dos que me antecederam suas toadas.


Reconstruo com carinho minha história
Florescendo um legado verdadeiro
Dos costumes, das lutas, das vitórias
Do meu povo querido e hospitaleiro. 


Ah, quantas experiências vivencio
Gerando na alma vibrações de amor
No meu aprendizado as inicio
Com alegria agradeço ao Criador.


Neneca Barbosa
João Pessoa, 19/11/2016


P.S. Eu sou a oitava da prole. Enlaçada pelas mãos do meu querido Pai!

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

O CHORO DA NATUREZA (CORDEL)



 
Chora, grita a Natureza
Para que seja entendida
Que ela precisa de Vida
E dá ao Planeta beleza.  
Vivendo nessa tristeza
Também chora o coração
Que vive na solidão
De carregar em seu peito,
Saudade que não tem jeito
De esquecer-se do sertão.

Chora e canta o sertanejo
Quando a viola dedilha,
Caminha por sua trilha
Tange o gado com traquejo
Aves servem de cortejo.
Quer ao destino chegar
E depois poder voltar
Feliz pro rincão querido
Sentindo o dever cumprido
Na ânsia da amada abraçar.

Sertão de gente querida
Que luta, tem esperança.
Nos seus dias de bonança
Agradecer pela Vida,
Buscar sucesso na lida
Momento da plantação,
Colher o milho e feijão
E,  assim, a fome matar.
Vou sempre poder lembrar
Do meu querido sertão.

Neneca Barbosa
João Pessoa, 05/11/2016