quinta-feira, 10 de novembro de 2016

O CHORO DA NATUREZA (CORDEL)



 
Chora, grita a Natureza
Para que seja entendida
Que ela precisa de Vida
E dá ao Planeta beleza.  
Vivendo nessa tristeza
Também chora o coração
Que vive na solidão
De carregar em seu peito,
Saudade que não tem jeito
De esquecer-se do sertão.

Chora e canta o sertanejo
Quando a viola dedilha,
Caminha por sua trilha
Tange o gado com traquejo
Aves servem de cortejo.
Quer ao destino chegar
E depois poder voltar
Feliz pro rincão querido
Sentindo o dever cumprido
Na ânsia da amada abraçar.

Sertão de gente querida
Que luta, tem esperança.
Nos seus dias de bonança
Agradecer pela Vida,
Buscar sucesso na lida
Momento da plantação,
Colher o milho e feijão
E,  assim, a fome matar.
Vou sempre poder lembrar
Do meu querido sertão.

Neneca Barbosa
João Pessoa, 05/11/2016

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