sábado, 30 de novembro de 2013

A CHAMA DA LAMPARINA




A luz bruxuleante da chama de uma lamparina
Ilumina a velha casa que abrigava minha alma
De um tempo memorável de lembrança repentina
A chama em espiral subia pelo ar, me dando calma.

Sob o alpendre eram contadas as mais belas histórias
Vivências remetidas da minha gente singular
Lições que carreguei para conseguir as vitórias
Ensinamentos que se perpetuaram no meu lar.

Meu espírito poético germinou de várias chamas
Vem permeando o lírico do meu sertão interior
Transformando com a vivacidade de suas flamas
A emblemática terra árida à beleza da flor.

Por que esta saudade não desaparece no ocaso?
Por certo é para manter vivas as memórias de outrora
Que trazidas nas asas do vento não por acaso
São realimentadas pelo amor que no meu peito mora.


Neneca Barbosa
João Pessoa, 30/11/2013

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