terça-feira, 31 de maio de 2011

BAÚ DAS LEMBRANÇAS


Abro com saudade o baú das lembranças
Mergulho sem medo, no tempo de criança
Mundo de fantasia e sonhos fascinantes
Brincava feliz com passos saltitantes.

Lembro-me da minha boneca de pano
Que estava presente no meu cotidiano
Aconchegava no peito com carinho
Cantava para ela pegar no soninho.

De mansinho chega na minha memória
A presença dos ciganos com sua história
Pedindo ao meu Pai, arrego por poucos dias
Povo livre de grande sabedoria.

No vasto pátio da casa erguiam suas tendas
Os seus causos para mim pareciam lendas
Juntava-me as suas crianças para brincar
Com a vida do sítio volto a sonhar.

Recordo também da minha juventude
Repleta de energia, vigor e inquietude
Os sentimentos eram intensamente
Vividos de maneira tão transparente.

Tudo palpitante, novas experiências,
Entre todas elas havia as preferências,
Já na cidade podendo desfrutar
O que lá no sítio não podia ofertar.

Circo, parque de diversões e cinema
Emoções que transcrevo neste poema.
O passeio na praça também tão divertido!
Onde um relacionamento era escolhido.

No percurso meu companheiro encontrei
Pelas veredas íngremes caminhei
Vi no jardim do lar os botões nascendo
No afago dos meus braços foram crescendo.

Assim eu vou seguindo na caminhada
Enfrentando muitas provas na jornada
Deixando brotar no coração o amor
Onde nos meus versos procuro transpor.

Neneca Barbosa
João pessoa, 31/05/2011

Um comentário:

aguiazul disse...

o tempo é bom decorar! O de criança Parabens